EDITORIAL
Ontem, já passaram três fugidios
anos, tive o prazer de ser convidado pela Direcção da Santa Casa da
Misericórdia da Mealhada para director deste jornal. Um jornal que sempre
procurou , cumprindo o seu ideário, servir com isenção e verdade as gentes
desta simpática cidade bairradina. Aceitámos por dever de consciência
participativa e pelos laços de amizade que me ligam às gentes que este órgão de
comunicação social serve.
Dar continuidade a um
trabalho que gente de grande qualidade e cheia de afectos construiu através dos
anos não se adivinhava tarefa fácil. Mas com a dedicação dos trabalhadores mais intimamente ligados à
feitura do jornal, Mónica e Rogério, e muitos colaboradores de inexcedível dedicação de que, sem querer ferir
susceptibilidades, sou obrigado a destacar o Afonso Simões, Ferraz da Silva,
Manuel Balsas, Herminio Pires, Renáto Ávila , João Frada, Daniel Vieira, Nuno
Canilho, Cláudia Emanuel, José Carlos Pereira e muitos outros, conseguimos,
dentro das possibilidades, melhorar a qualidade da imagem gráfica que agora nos
oferece um jornal com vinte e quatro páginas a cores, com um conteúdo
equilibrado e uma informação sólida e diversificada . Obrigado a todos pelo
excelente trabalho que realizaram com total independência e muita dedicação.
Com empenhamento suplementar
mantivemos algumas das acções emblemáticas do jornal como por exemplo o patrocínio do CARNAVAL da
BAIRRADA com a publicação do suplemento ABRE-ALLAS; nas últimas eleições para a
CM da Mealhada promovemos um debate público
entre todos os candidatos com reportagem jornalística e radiofónica;
através de protocolos estabelecidos com BAIRRADA TV e RÁDIO CLUBE DA PAMPILHOSA
projectámos ainda mais o conteúdo das nossas páginas que tiveram sempre o
suporte em primeira linha da nosso página on-line; O FRONTAL, um jornal
elaborado a pensar sobretudo na cobertura dos acontecimentos de Penacova e
Mortágua manteve sempre uma actividade
regular no formato on-line; passámos a integrar um suplemento mensal elaborado
pela CM da Mealhada;patrocinámos a apresentação e edição de livros de autores
bairradinos e nacionais; estivemos na cobertura dos acontecimentos mais
relevantes para o concelho da Mealhada deles dando conta aos nossos leitores
espalhados um pouco por todo o mundo e ciosos de saber o que se passa no dia a
dia da terra que os viu nascer; utilizámos outros meios colocados à nossa
disposição pelas redes socias para divulgar o nosso jornal. E, como tempo de
evocação, ficamos por aqui.
Chegou o momento de, por
motivos de ordem pessoal, solicitar a quem tão gentilmente me convidou para
esta gratificante missão, a “dispensa” do encargo assumido. Agradeço
penhoradamente que tenham compreendido e aceite o meu pedido, só agora
concretizado dado que a continuidade
está assegurada (vão ver que muito bem). Passarei pois de director a modesto,
mas interessado e participativo, colaborador.
Levo a todos no coração e
continuarei sempre ao serviço da Mealhada e das suas gentes no que modestamente
possa ser útil para esta comunidade pujante e com gente que luta por um futuro
mais risonho para todos. Bem hajam.
Permito-me terminar este meu
último editorial citando Miguel Torga:
“Que belo é ter um amigo!
Ontem eram ideias contra ideias. Hoje é este fraterno abraço a afirmar que
acima das ideias estão os homens. Um sol tépido a iluminar a paisagem de paz
onde esse abraço se deu, forte e repousante. Que belo e que natural é ter um
amigo!”
Braga da Cruz
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